quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

QUINTO ESTUDO - A BIBLIA E A LUTA PELA SOBREVIVÊNCIA.


A BÍBLIA E A LUTA PELA SOBREVIVÊNCIA.
1- A BÍBLIA ODIADA E AMADA: Ao mesmo tempo, temos de observar que nenhum outro livro tem sido alvo de tanta oposição ferrenha e até mesmo de ódio, em toda a história. Bíblias foram incineradas em fogueiras públicas, desde a Idade Média até o nosso século 20.
Em séculos passados, tais “crimes” muitas vezes levavam a torturas e à morte. William Tyndale, um inglês que se tornou um respeitado instrutor na Universidade de Cambridge, decidiu traduzir a Bíblia para o inglês. Visto que isso era contra a lei, Tyndale finalmente foi preso, condenado por heresia e estrangulado, e seu corpo foi queimado.

2- OS GUARDIÕES DA BÍBLIA: Os Judeus sempre foram os guardiões da Bíblia. Nos dias de Moisés, Faraó ordenou o assassinato de todos os meninos recém-nascidos. Se a sua ordem tivesse sido executada, o povo hebreu teria sido aniquilado. (Êxodo 1:15-22) Muito mais tarde, quando os judeus vieram a estar sob domínio persa, os inimigos deles tramaram a adoção duma lei destinada a exterminá-los. (Ester 3:1-15) Em vez de os judeus serem exterminados ou assimilados, eles sobreviveram, e as Escrituras Hebraicas da Bíblia sobreviveram com eles.  OS CRISTÃOS: que produziram a segunda parte da Bíblia, também eram um grupo oprimido. Seu líder, Jesus, foi morto como se fosse um criminoso comum. Tácito imperador romano gabou-se das “penas mais horrorosas” infligidas aos cristãos por ele. Em 303 EC, o Imperador Diocleciano agiu diretamente contra a Bíblia. Num esforço de eliminar o cristianismo, ordenou que todas as Bíblias cristãs fossem queimadas. Felizmente, os guardiães da Bíblia, primeiro os judeus e depois os cristãos não foram eliminados e a Bíblia sobreviveu.

3 - CÓPIAS FALÍVEIS: Muitas das obras antigas foram esquecidas, mesmo tendo sido gravadas em pedra ou em duráveis tabuinhas de argila. Mas isso não se deu com a Bíblia, esta foi originalmente escrita em papiro ou em pergaminho (materiais muito mais perecíveis) De modo que os manuscritos produzidos pelos escritores originais já desapareceram há muito, muito tempo. Então, como foi preservada a Bíblia? Porque incontáveis milhares de cópias foram laboriosamente feitas a mão. Desde o sétimo até o décimo século de nossa Era Comum, os herdeiros dos soferins eram os massoretas que também eram escribas encarregados da tarefa de preservar o tradicional texto hebraico.

4 - O SEU POVO E SUA LINGUA: As línguas originais em que a Bíblia foi escrita, a longo prazo, também eram um obstáculo para a sua sobrevivência. Os primeiros 39 livros, na maior parte, foram escritos em hebraico, a língua dos israelitas. Mas o hebraico nunca fora amplamente conhecido. Se a Bíblia tivesse continuado só nesta língua, nunca teria exercido influência fora da nação judaica e dos poucos estrangeiros que sabiam lê-la. Entretanto, no terceiro século AEC, em benefício dos hebreus que moravam em Alexandria, no Egito, iniciou-se a tradução da parte hebraica da Bíblia para o grego. O grego era então uma língua internacional. De modo que a Bíblia hebraica tornou-se facilmente acessível aos não-judeus. Quando chegou o tempo para se escrever a segunda parte da Bíblia. O idioma oficial do Império Romano era o latim, e fizeram-se traduções latinas em tal número, que se comissionou uma “versão autorizada”. Esta foi terminada por volta de 405 EC e veio a ser conhecida como a Vulgata Latina.

5 - OS FALSOS AMIGOS DA BÍBLIA: Quando o latim deixou de ser a língua cotidiana, havia necessidade de novas traduções da Bíblia.  Só que a Igreja Romana na época  queria manter a Bíblia na então língua morta, o latim. O conteúdo dela devia ser mantido “em segredo”, não traduzido para as línguas do povo comum. Com o avanço da Idade Média, a posição da Igreja contra as Bíblias vernáculas endureceu. Estavam tentando fossilizá-la, mantê-la numa língua que apenas poucos sabiam ler. Se tivessem conseguido isso, a Bíblia teria se tornado apenas um objeto de curiosidade intelectual, com pouca ou nenhuma influência na vida das pessoas comuns.

6 - ALTA CRÍTICA CONTRA A BÍBLIA: Com o passar dos anos, certos eruditos  elaboraram outro tipo de ataque contra a Bíblia um ataque intelectual. Durante os séculos 18 e 19, desenvolveram um método de estudo da Bíblia conhecido como alta crítica. Os altos críticos ensinaram que grande parte da Bíblia era composta de lendas e de mitos. Alguns até mesmo disseram que Jesus nunca existiu. A teoria da evolução de que o homem não foi criado mais é produto de uma evolução.

POR QUE A BÍBLIA FOI TÃO ODIADA? A própria Bíblia diz: “O mundo inteiro jaz no poder do iníquo.” (1 João 5:19) Era de esperar que o mundo fosse hostil à publicação da verdade, e assim mostrou ser. Por  que a Bíblia sobreviveu? A Bíblia responde: “A declaração de Deus permanecerá para sempre.” (1 Pedro 1:25) Se a Bíblia realmente é a Palavra de Deus, nenhum poder humano pode destruí-la.


A PALAVRA DE DEUS SOBREVIVEL: Contamos esta longa e triste história, é deveras notável que este livro tenha sobrevivido até hoje e ainda exerça uma influência benéfica na vida de muitas pessoas. A Bíblia é o livro mais divulgado, e o livro de maior distribuição em toda a história humana.  A Nova Enciclopédia Britânica classifica a Bíblia como “A coleção mais influente de todos os livros da história humana, influenciou artistas, povos e nações inteiras”. 

PRÓXIMO ESTUDO:
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Valter Silva
20/02/2016

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